Considerações finais

Tive vários aprendizados nessa viagem, uma experiência muito gratificante. Sobre o Peru, muitas belezas naturais, mas um país muito pobre, várias vilas à beira das carreteras onde se percebe claramente a pobreza da população e umas cidades bem feias como Juliaca e Puno. Sem falar no trânsito caótico onde todo mundo quer passar por cima do outro, como em Puerto Maldonado,principalmente com os tuk tuk. Carro lá é minoria, mas tuk tuk tem aos montes. Em Cusco tem muito carro e é muito bagunçado o trânsito, como em todo o país, mesmo com policia de trânsito nas ruas. Lá percebe-se que gostam bastante de uma buzina, os semáforos são do tipo que tem contagem regressiva, para abrir ou fechar, faltando 5 segundos para abrir o verde já começam a mandar a mão na buzina pra quem tá frente acelerar o veículo ou sair da frente, muita desorganização..No Chile, melhora um pouco a situação financeira da população, cenário fantástico do deserto, várias cidades fantasma, cidades que foram abandonadas pelos moradores durante o caminho percorrido. O deserto do Atacama apresenta em questões de kms, frio e calor. O pessoal é mais educado no trânsito, placa PARE é pare mesmo, não é igual em outros lugares como aqui no Brasil, que no muito diminuem ou passam direto sem nem olhar para os lados. A faixa de pedestre é respeitada, pedestre pisou na faixa, todos param. Na Argentina, trânsito mais organizado mas assim como no Peru, gostam de uma buzina, povo no geral é educado no trânsito. Falam-se muito das policiais, pagar propina, etc, mas não fomos parados nenhuma vez e não foi por falta de blitz, na Argentina toda cidade passamos por blitz e em nenhuma fomos parados, nem na região de Corrientes que é onde a maioria reclama de ser extorquido. As placas de proibido moto na via principal é bem visível, muitos que reclamam que foram extorquidos por esse motivo só podem andar é com os olhos fechados, se prestar atenção na sinalização não passa direto não. Foram 10.758 km de deslocamentos entre as cidades de destino diário e no total, somando deslocamento, erros de percurso, deslocamentos internos nas cidades, 11.310 km num total desde a hora de saída dia 01/06 até a chegada em 22/06, 678 horas de uma aventura inesquecível e que venha a próxima ou as próximas viagens!!

22º Dia - Barrinha - SP - Bom Despacho - MG

Km do dia: 489
Km percorridos: 10758

Após o café da manhã, saí às 8 da manhã rumo a Bom Despacho-MG, o último dia da expedição. Retorno tranquilo, trânsito bom, algumas reformas na MG 050 e algumas paisagens para se observar como a região de Furnas, que está bem baixo o nível das águas, mas ainda sim continua bonito de se observar da rodovia. Às 14 horas chego na porta de casa e ao fim da expedição. Agradeço a Deus pela oportunidade de ter realizado essa viagem, de ter retornado inteiro assim como saí, somente uns apertos com combustível como a restrição de abasteciemnto para estrangeiro no Peru, região amazônica, ausência de postos de combustível por longos trechos em Mato Grosso e Rondônia e entre Arica e Pozo Almonte no Chile foram praticamente 300 km sem um único posto e um pneu furado nos primeiros kms em solo peruano, fora isso, tudo certo no final. Uma grande aventura. Agradeço ao parceiro Rogério Rocha que embarcou junto nessa aventura!! No total, entre deslocamentos de uma cidade a outra e dentro das cidades, foram percorridos 11.310 km.

Hotel em Barrinha

Depois de 22 dias, enfim, em casa!!

21º Dia - Foz do Iguaçu - PR - Barrinha - SP

Km do dia: 984
Km percorridos: 10269


Após o café da manhã, saímos rumo ao destino do dia. Após passar por Maringá, o Rogério resolveu seguir para Araraquara para visitar um amigo e eu resolvi seguir rumo a Echaporã-SP, que era o destino do dia. Chegando em Echaporã, por volta de 16:30, mudei de idéia e resolvi tocar mais para diminuir a km do último dia, chegando a pensar em seguir direto até Bom Despacho,pilotando noite e madrugada a dentro, mas passando por Barrinha-SP, por volta de 20:40, resolvi parar para pernoitar, já estava bem frio e após 984 km pilotando, maior trecho da viagem, um pouco cansado, o bom senso mandou parar para descansar. Foi um ganho de quase 300 km para o dia final. Pedágios muito caro para moto no Paraná, boa parte acima de 6 reais.

Hotel Barrinha 16-3943-6263

20º Dia- Foz do Iguaçu - PR - Ciudad de Leste - PY - Foz do Iguaçu - PR

Km do dia: 0
Km percorridos: 9285

Após o café, saímos para trocar o óleo das motos e em seguida fomos ao Paraguai e retornamos antes do almoço para Foz, por recomendação, atravessamos a ponte da amizade apé. Após o almoço, fomos conhecer as Cataratas do Iguaçu.Um lugar fantástico. Muito bonito, passeio obrigatório em Foz. No início da noite retornamos ao hotel.

Passeio nas Cataratas: R$ 29,90

Entrando no Paraguai.

Malandragem pra escapar da receita federal, descer a mercadoria por corda até outra pessoa pegar lá embaixo, a PF sabe, mas faz vista grossa, se a fiscalização fosse rígida, quebra Ciudad de Leste.

Muito movimento em Ciudad de Leste

As Cataratas do Iguaçu, espetáculo da natureza!!

19º Dia: Pampa del Infierno - AR - Foz do Iguaçu - PR

Km do dia: 902
Km percorridos: 9285

Acordamos cedo e às 07:35 saímos rumo a Foz do Iguaçu. Após quase 13 horas chegamos em Puerto Iguazu, ruta nacional 16 em reforma, trechos péssimos para transitar, buraco e asfalto retirado. Fizemos os trâmites e entramos novamente no Brasil após 13 dias longe. Viagem longa, mas após passar Corrientes, a paisagem fica mais interessante. Nos hospedamos no hotel Villa Quati e agora é descansar para amanhã visitar as cataratas e uma visita ao Paraguai.

Hotel Villa Quati. av. Ranieri Mazzili 176, referência: Rodoviária 45-3522-6911
Contato Hadriano Almeida https://www.facebook.com/adriano.almeida.1840?fref=ts

18º Dia - San Salvador de Jujuy - AR - Pampa del Infierno - AR

Km do dia: 684
Km percorridos: 8383

Ao tomarmos café, saímos à procura de casa de câmbio para trocar mais pesos e com isso atrasamos a saída e as dúvidas sobre a rota certa para Corrientes, fez com que alterassemos o destino do dia para não ficar até tarde da noite na rodovia, além da chuva em um trecho e os buracos na ruta nacional 16. Ao passarmos por Pampa del Infierno, resolvemos pernoitar por ali mesmo, logo na entrada, nem chegamos a entrar na cidade efetivamente.

Hospedage e restaurant Los Hermanos

17º Dia: San Pedro de Atacama - CH - San Salvador de Jujuy - AR

Km do dia: 493
Km percorridos: 7699


Saímos por volta de 8 da manhã rumo ao posto de combustível para abastecer as motos e seguimos para a aduana. Chegando lá somos informados que os trâmites de saída e entrada se dariam no Paso Jama, para quem fosse para a Argentina por esse caminho, unificaram as aduanas. Processo até rápido. No Paso Jama chegamos a enfrentar temperatura de -5,5 às 10 e pouco da manhã. Encontramos trechos com neve nos arredores da rodovia. Entrando na Argentina abastecemos no posto logo a frente da aduana e seguimos rumo a San Salvador de Jujuy. Paramos para almoçar no restaurante de Pastos Chicos, ponto de parada de expedicionários,  pela quantidade de adesivos. Como consegui perder os meus na aduana do Peru com o Chile, fiquei devendo o adesivo da Motozeiros. No caminho encontramos vários motociclistas paraguaios que ficaram em Purmamarca e nós seguimos até San Salvador de Jujuy, onde chegamos no fim da tarde. Uma cidade até bacana, tem um parque muito bonito, com zona liberada de Wi Fi.

Paso de Jama

Parece um pouco frio, rsrs, olha a hora, quase meio dia.

 Achamos pouca neve no Paso Jama, achei q encontraria mais por ser mês de junho, uma semana antes do início oficial do inverno.

Chegando na Argentina, infelizmente perdi minha sacola com os adesivos do motoclube na aduana do Peru com o Chile e não teve como deixar marcada a passagem pela divisa.

 Grande salar na Argentina.

 Igreja em San Salvador de Jujuy

Hotel Alvear jujuy

Av. Senador Perez Nº 398 esq. Alvear.
San Salvador de Jujuy - Jujuy - Argentina

16º Dia - San Pedro de Atacama

Km do dia: 0
Km percorridos: 7206

Acordamos às 4 da manhã para irmos aos gêiseres del Tatio. Chegamos por volta de 6:20, o Sol ainda não havia nascido e a temperatura era de -12 graus,um frio de lascar. Mesmo assim algumas pessoas animaram entrar na piscina natural de água aquecida. O problema não era entrar na água, era sair, mesmo com o Sol a temperatura era negativa. Depois conhecemos outros pontos do local e retornamos a San Pedro. À tarde o Rocha foi a Calama comprar carregador para seu telefone e aproveitei para conhecer um pouco o povoado.

Geyseres Del Tatio com temperatura de -12º, neste momento da foto, apesar da água sair borbulhando, ao redor formava-se gelo.

 

Mesmo com temperatura negativa, alguns se aventuraram a entrar na água aquecida, o problema era depois, na hora de sair, rsrs.

Povodo de Pueblo Machuca

Praça da Igreja em San Pedro de Atacama

15º Dia - Tocopilla - CH - San Pedro de Atacama - CH

Km do dia: 662
Km percorridos: 7206

Após o café e ajeitar as bagagens nas motos, seguimos rumo a Antofagasta, margeando novamente o Pacífico, onde 70 km após, se encontra a escultura "Lá Mano del Desierto. Após conhecer a cidade, que é uma das mais bonitas do Chile e conhecer a escultura,que infelizmente está muito pichada, seguimos rumo a San Pedro do Atacama. Como sempre, muitas retas, rodovia em boas condições. No caminho antes de Calama, encontramos um brasileiro que estava fazendo o percurso de bicicleta, conversamos um pouco e seguimos os nossos trajetos. Chegamos no fim do dia em San Pedro de Atacama, com um frio considerável, mas tolerável. Não foi difícil encontrar local pra ficar, um hostel onde se hospeda vários brasileiros. Agora é descansar para fazer o passeio aos gêiseres del Tatio, pacote fechado no próprio hostel.

Hotel Corvatsch
Licancabur 191
(56-55) 2851101 / (56-55) 2895453

 Novamente margeando o Pacífico no trajeto!!

 Tocopilla, cidade bem arrumada!!

A mão do deserto!!

 Seguindo para San Pedro de Atacama

14º Dia - Tacna - PE - Tocopilla - CH

Km do dia: 640
Km percorridos: 6544

Após o café e ajeitar as bagagens nas motos, seguimos rumo a Tocopilla, no Chile. Demos saída no Peru e entrada no Chile sem grandes problemas, ao chegarmos em Árica, primeira cidade chilena,abastecemos as motos em um posto PETROBRÁS e a gasolina com qualidade bem superior à brasileira. Fizemos câmbio com a moeda chilena, o que nos atrasou um pouco até encontrar casa de câmbio e em seguida seguimos rumo a Tocopilla. Retas e mais retas pelo deserto do Atacama, o asfalto parece um tapete,alguns trechos recebendo reforma no asfalto. De Arica até Pozo Almonte, são quase 300 km sem posto de combustível, então, apesar das retas convidarem para acelerar, é bom controlar a mão para não ficar com o tanque seco, depois a distância é menor para se encontrar um posto de combustível. Pegamos a ruta 1, margeando o Pacífico, uma vista espetacular, à direita o Pacífico, à esquerda o deserto. Show de bola. Pista em boas condições,muitas retas e alguns trechos em reforma.

Hotel Bahia

Deserto chileno!!

Oceano Pacífico

13º Dia - Puno - PE - Tacna - PE

Km do dia: 537
Km percorridos: 5904

Após o café da manhã,  iríamos seguir para a Arica no Chile. Pegamos a carretera 3s para margear o Titicaca, mas na distração procurando local para tirar foto no lago, acabamos errando o caminho em alguns kms, queríamos chegar no Chile e quase chegamos foi na Bolívia. Procuramos uma lanhouse na cidade onde estávamos para consultar o mapa e ao voltarmos para Ilave para seguir rumo a Mazo Cruz, depois Moquegua e chegar em Arica, deparamos com 82 km de estrada de terra, sem praticamente nenhuma alma viva, estrada com cascalho, em boas condições. Com o tempo de 2 horas pra percorrer esses 82 kms, tivemos que alterar o destino e dormir em Tacna. Amanhã um trecho maior para pernoitar na cidade pré definida. Essa foi a nossa sexta-feira 13.

Hotel Bolivar +51-052-422302

12º Dia - Cusco - PE - Puno - PE

Km do dia: 398
Km percorridos: 5377

Após o café e ajeitar a bagagem, seguimos rumo a Puno. Passamos por Juliaca, uma cidade feia, bagunçada, após pouco mais de 5 horas, chegamos a Puno, outra cidade feia também. A intenção era conhecer a "isla de uros", mas devido ao valor do hotel que achamos e o adiantado da hora e por ser a estreia do Brasil na copa, como o hotel fica à beira do Lago Titicaca, não precisamos ir longe conhecer o lago e abrimos mão do passeio no lago, desculpa para voltar novamente em outra oportunidade.
Muito frio também à noite.

Lago Titicaca, o rio comercialmente navegável mais alto do mundo, mais de 3800MSNM

11º Dia - Ollantaytambo - PE - Vale Sagrado - Cusco - PE

Km do dia: 100
Km percorridos: 4979

Após ajeitar as bagagens nas motos, pegamos a estrada novamente rumo a Cusco passando pelo Vale Sagrado, belas paisagens a serem observadas, principalmente em Pisac. Chegando em Cusco, nos instalamos em um hostal e após descansar um pouco, procuramos um restaurante para almoçarmos e depois conhecer o centro histórico da cidade. Está bem frio em Cusco. Agora é dormir e amanhã seguir para o próximo destino.

Hostal Deivico +51- 084-236524

Valle Sagrado de los Incas

Vista do centro histórico de Cusco à partir do Cristo Blanco

Evento Inca na Plaza de Armas

10º Dia: Machu Picchu

Km do dia: 0
Km percorridos: 4879

Levantamos às 4:30 da manhã pois teríamos que estar na estação às 5:40. Pegamos o trem e chegando na estação de Águas Calientes, nos dirigimos à bilheteria para comprar as passagens do ônibus para chegar na entrada de Machu Picchu. O lugar é espetacular, incrível. Todo mundo deveria conhecer esse lugar antes de morrer. Valeu a pena a viagem!! No fim do dia retornamos a Ollantaytambo.

Lugar único, que todos deveriam conhecer antes de morrer!!

9º Dia - Cusco - PE - Ollantaytambo - PE

Km do dia: 89
Km percorridos: 4879

Após o café, ajeitar a bagagem nas motos, seguimos para o destino do dia, mudança de rota devido às dicas dadas pelo Hugo,um dos donos do Hostal Imperio em Puerto Maldonado, que nos sugeriu ir para Ollantaytambo ao invés de pegar o trem para Machu Picchu diretamente em Cusco. Chegando a Ollantaytambo, um lugar com belas paisagens, procuramos hospedagem e após nós instalarmos, fomos almoçar e após o almoço, verificar o tempo para se chegar à estação ferroviária, de onde partiríamos no dia seguinte para Machu Picchu. Na cidade estava acontecendo uma festa local, festa Inca, muito semelhante ao congado. Durou o dia todo e a noite toda, um grupo terminava a apresentação e já iniciava a apresentação do seguinte. Foi difícil dormir já que o hostel fica na Pça principal e a música não parou um minuto sequer e não era som mecânico não, era banda tocando, acabava uma e começava outra. Um lugar muito bonito para se visitar e onde não se encontra facilmente nenhuma bebida gelada, nem cerveja, devido o local ser muito frio, as bebidas são servidas na temperatura ambiente,andei quase a vila toda para achar água fria, porque gelada é impossível de achar.

Hostal Plaza.

Bela paisagem a caminho de Ollantaytambo

Ollantaytambo

Tradicional Festa Inca